Tristeza pra mim é enxergar e não ver. É possuir todas as
possibilidades e chances, e não usufruir nenhuma, por simplesmente não querer,
não saber, não ser.
Tristeza pra mim é pensar que se tinha tudo, e ao mesmo tempo não tinha nada, porque não sabia o que se fazer com esse “tudo” e aí o que acabou fazendo foi nada.
A tristeza é uma cegueira transitória, daqueles que acham que o mundo deve ser feito só de coisas boas.
Pois então senhores tristonhos, mudem de mundo, pois aqui as coisas não são assim.
Aqui coisas boas e ruins condensam-se para formar o que somos, o
que queremos ser. Somente tropeçando nas pedras no caminho, chegamos até o
final desse caminho.Desvios, fugas, cegueira...isso serve pra quê? Para uma
vida mais “leve”? Para encontrar a “felicidade”? Que felicidade é essa que se
alimenta somente do confortável, do prático, do usual ?
Cadê o ser humano aventureiro, curioso, impermanente , insistentemente preocupado com o que é, com o que vai ser, com o que pode ser ? Onde foram parar os “Dom’s Quixote’s” e seus moinhos de ventos ?
Cadê o ser humano aventureiro, curioso, impermanente , insistentemente preocupado com o que é, com o que vai ser, com o que pode ser ? Onde foram parar os “Dom’s Quixote’s” e seus moinhos de ventos ?
AH ! Já sei.
Foram engolidos pela tal sociedade
do belo,do bom, do saudável e prático. Uma sociedade permanentemente sentada no
colo do conforto.Alimentada por uma extrema vontade de ficar parada naquilo que
“lhe faz bem”. O ruim, o desconfortável , o esquisito... isso incomoda.É o
elefante enorme que senta na cara dessa sociedade que odeia pedras no caminho.
E aí, quando a pedra ou o elefante aparece o que essas pessoas fazem? Travam,
empacam, desistem, desacreditam.
Ficam lá se perguntando :”Mas o que eu fiz pra merecer isso? “. E eu apenas digo: ninguém fez nada de errado.Nem eu, nem você, nem eles. A questão é : o ruim faz parte da vida tanto quanto o bom, e é isso que nos espanta, nos bloqueia, nos torna verdadeiros ignorantes na arte de viver.
Ficamos cegos para a impermanência de nossas vidas exatamente pelo fato de gostarmos de estar no conforto, no comum, no usual. A mudança, o diferente, aquilo que não estamos acostumados,isso nos assusta... e como assusta.
Ficam lá se perguntando :”Mas o que eu fiz pra merecer isso? “. E eu apenas digo: ninguém fez nada de errado.Nem eu, nem você, nem eles. A questão é : o ruim faz parte da vida tanto quanto o bom, e é isso que nos espanta, nos bloqueia, nos torna verdadeiros ignorantes na arte de viver.
Ficamos cegos para a impermanência de nossas vidas exatamente pelo fato de gostarmos de estar no conforto, no comum, no usual. A mudança, o diferente, aquilo que não estamos acostumados,isso nos assusta... e como assusta.
Mas e aí quando ela chegar, o que você vai fazer? Permanecer na
inércia do seu mundinho estável, ou vai abrir os braços para o elefante e a pedra e dizer pra eles que eles fazem parte
da sua vida e que vocês os aceita?
Dificil? Impossivel? Isso só depende de você, e do que você pretende na sua vida.
Se pretende ser mais um, dentro de um bolo que se esqueceu de o que significa ser um ser humano, sinta-se a vontade para permanecer estagnado junto as pedras e elefantes, usando da sua “cegueira seletiva” para achar que possui o controle sobre a vida.
Mas, se pretende abrir os olhos para o despertar interno, abraçando elefantes e pedras como seus semelhantes... aí eu acredito que estamos no caminho certo para evoluir , cada um do seu modo, para tornar aqui um lugar melhor.
Dificil? Impossivel? Isso só depende de você, e do que você pretende na sua vida.
Se pretende ser mais um, dentro de um bolo que se esqueceu de o que significa ser um ser humano, sinta-se a vontade para permanecer estagnado junto as pedras e elefantes, usando da sua “cegueira seletiva” para achar que possui o controle sobre a vida.
Mas, se pretende abrir os olhos para o despertar interno, abraçando elefantes e pedras como seus semelhantes... aí eu acredito que estamos no caminho certo para evoluir , cada um do seu modo, para tornar aqui um lugar melhor.
Sempre me incomodei com o poema do
Drummond, aquele da pedra no caminho...e quer saber, o nome disso era tristeza.
Hoje compreendo o que me incomodava, e passo a ver e sentir de outra forma o
que ele quis fazer com isso. Se você ainda se incomoda, pense nas suas pedras e
descubra se você as aceita no seu caminho.
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei
desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.”
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.”